quinta-feira, 22 de maio de 2014

Diferença entre Camdomblé e Umbanda

Mais simples é começarmos dizendo o que há em comum entre a Umbanda e o Candomblé, que é a incorporação mediúnica e o culto aos Orixás, já este renovado pela Umbanda.

Já as práticas e rituais são diferentes, enquanto na Umbanda as consultas são feitas através dos espíritos de caboclo, preto-velho, baiano, exú... no Candomblé as consultas são feitas através do "jogo de búzios" ou "Ifà", não aceitando a comunicação de espíritos (eguns), sendo portanto vetada sua incorporação, os trabalhos mediúnicos de incorporação contam apenas com a presença de Orixás que também se fazem presente na Umbanda, renovados e sob um outro ponto de Vista .

Esta é a principal diferença, visto que as outras mais são pertinentes da atuação das "entidades guias" em seus trabalhos de Umbanda e dos Rituais Internos do Candomblé.

Buzios


JOGO DE BUZIOS


                               JOGO DE BÚZIOS

                                                   FALANDO COMOS ORIXÁS




Aberto (boca da concha para cima).
 Fechado (furo para cima). 

a) - O jogo de Alafiá = 4 Búzios

b) - O Jogo de Odú = 16 Búzios

c) - O Jogo no Ketô = 16 Búzios

d) - O Jogo de Angola = 21 Búzios





Búzio fechado

Búzio aberto

jogo de búzios é uma das artes divinatórias utilizado nas religiões tradicionais africanas e na religiões daDiáspora africana instaladas em muitos países das Américas.

Existem muitos métodos de jogo, o mais comum consiste no arremesso de um conjunto de 16 búzios sobre uma mesa previamente preparada, e na análise da configuração que os búzios adoptam ao cair sobre ela. O adivinho, antes reza e saúda todos os Orixás e durante os arremessos, conversa com as divindades e faz-lhes perguntas. Considera-se que as divindades afetam o modo como os búzios se espalham pela mesa, dando assim as respostas às dúvidas que lhes são colocadas.

Búzio concha de praia de vários tamanhos, utilizada como objeto de adorno nas roupas dos Orixás onde são aplicados formando desenhos, em colares chamados de fio-de-contas onde são colocados como fecho ou como Brajá totalmente feito de búzios imitando as escamas de uma cobra, como objeto de comunicação com os Orixás nas consultas ao jogo de búzios e Merindelogun.

O búzio tem uma abertura natural e uma parte ovalada, a maioria dos adornos e jogos de búzios são feitos com os búzios cortados, onde é tirada a parte ovalada do mesmo.

Existe muita discussão sobre qual seria o aberto e o fechado. A legenda das fotos estaria trocada, na visão das pessoas que consideram a parte quebrada como sendo o aberto.

Outros consideram que a abertura natural do búzio seja o aberto e a outra que é quebrada e ralada seja o fechado

Alguns sacerdotes jogam com os búzios inteiros nesse caso o aberto é a abertura natural do búzio.

Búzio aberto

No Brasil os búzios (conchas pequenas de praia), (cawris na África eram usados como dinheiro, foi moeda corrente) são usados pelosBabalorixás e Iyalorixás para comunicação com os Orixás, nas consultas ao jogo de búzios ouMerindelogun.

Usado para consultar o futuro, de acordo com a religião BatuqueCandomblé,OmolokoTambor de MinaUmbandaXambáXangô do Nordeste ou como adorno em roupas dos Orixás e para confecção de alguns fio-de-contas.

Também é usado em outras religiões afro-descendentes em vários países. Sua origem é médio-oriental, mais precisamente a região da Turquia. Penetrou naÁfrica junto com as invasões daqueles povos aos africanos.

Adotado pelas mulheres pelo fato de que o Opele-Ifa e Opon-Ifa (jogos divinatórios originalmente africano) é destinado somente aos homens.

Entrou na vida e na cultura Yoruba e enraizou-se tão profundamente que hoje oMerindilogun (jogo de buzios) é mais conhecido que o verdadeiro oráculo dosBabalawos (o Opele-Ifa e Opon-Ifa)também o mais utilizado aqui no brasil.

No entanto, segundo algumas correntes e crenças nem todas as pessoas podem ler buzios. Esta prática está destinada apenas a pessoas com uma forte espiritualidade. De forma geral estão pré destinadas às Mães, Pais, ou filhos de Santo após a obrigação de sete anos com o recebimento dos direitos, autorização e ensinamentos dado pela mãe ou pai de santo.

Métodos de Jogo

Além dos búzios pode-se utilizar outros objetos para consulta dos Orixás: Obí, Orobô, Alobaça (cebola), atarê (pimenta da costa), ossos, víceras, e outros.

O jogo com quatro búzios, mais utilizado nos rituais para perguntas, normalmente as caídas correspondem às caídas do jogo de Obi

A quantidade de búzios pode váriar de acordo com a nação, o mais comum é composto de 16 ou 17 búzios, mas o jogo com 21 búzios também é muito comum.

Alguns métodos, não se baseiam em caídas por Odú como no Merindilogun, usam outras configurações e combinações de búzios abertos e fechados dividindo-os em quatro grupos de quatro búzios (que chamam de barracão) e analisam as quatro caídas e a disposição que elas se encontram, nesse tipo de Oráculo não se fala em Odú.

Um outro método de jogo é feito com as víceras dos animais oferecidos aos Orixás, e um outro jogo que utiliza ossos de animais unicamente ou em combinação com búzios, em ambos casos também não são orientados por caídas de Odú.

Em alguns métodos o olhador (adivinho) senta-se no chão e joga na própria terra, sem toalhas e enfeites como era feito no passado, é um jogo mais simples e rústico.

Podem ser jogados apenas em uma toalha branca numa mesa, ou num círculo formado por fio-de-contas (colares) com vários objetos representativos dosOrixás ou numa peneira também com fio-de-contas e objetos.

Existem mesas de jogo simples ou sofisticadas, dependendo das posses podem conter até sinetas e objetos de ouro.

É diferente do (Opelé-Ifa), (Opon-Ifa) e Merindilogun que são orientados por caídas de Odú, antigamente mais utilizados pelos Babalawos sacerdotes de Ifá, mas recentemente muitos Babalorixás e Iyalorixás já fazem uso desses oráculos também.

A consideração entre aberto e fechado do búzio também pode variar, a grande maioria dos Babalorixás utiliza a abertura natural do búzio como sendo o lado "aberto", mas várias mulheres no culto do Candomblé, principalmente na Nação de Keto, acostumaram a jogar como "aberto" o lado em que elas "abriam" o búzio, assim a fenda natural sendo o lado "fechado", afirmando que o verdadeiro segredo em um búzio fica guardado em seu estado natural, este é revelado apenas após sua abertura cerimonial arrancando-se esta parte até então fechada, assim vários Babalorixás e Iyalorixás que aprenderam por este método fazem esta forma "invertida" de leitura, ao apresentado nas imagens.

A grande verdade é que ao sagrar um formato onde seja considerado aberto/fechado, este sacerdote não mais o inverte e passa aos seus filhos o conhecimento desta forma, assim sendo particular de cada casa o cenário de leitura.

Existe também o método que é dado um significado para cada búzio, e um deles que normalmente é o maior é atribuído a qualidade de representante de Deus, e recebe o nome de Oxalá. Os outros falam através dele. Um exemplo: Depois de lançar as pedras do jogo, o bico do búzio maior (Oxalá) vai verificar qual os buzios que caíram em sua direção. Esses que caíram na linha deste búzio que falam no jogo de acordo com a sua característica. Os que caíram atrás do búzio, ou seja, que não estão na frente do bico do búzio, falam pelo passado.

 FALANDO   COM      OS      ORIXÁS



E é possível 4 tipos de jogadas :

1. Indica o orixá de cabeça ( guia espiritual ou se você preferir o signo do indivíduo ) dados da potencialidade pessoal. As suas qualidades e estilo ficam como que mais acessíveis. E nada impede que um homem tenha o estilo de um orixá dito feminino e vice-versa.

2. Responde às perguntas cujas respostas sejam do tipo sim/não/talvez. Búzio aberto ( na astrologia se diz que há um aspecto favorável ). No caso de cair com o búzio fechado (na astrologia aspectos desfavoráveis), estes elementos não se apresentam impossíveis mas são situações desafiadoras.

3. Oráculo para qualquer pergunta ou questão mais complexa.

4. O jogador pode lançar qualquer número de búzios numa jogada pessoal, já que há pessoas que usam 21 búzios.

A INTERPRETAÇÃO

A interpretação da "caída" dos búzios se fundamenta na quantidade de búzios abertos e fechados e na relação que existe entre este número e determinados orixás. Em certos casos como a opção 1 é considerado igualmente o dia da semana em que o consulente nasceu, exatamente como no ocidente o Domingo é dia do sol (sunday), Sábado de Saturno (saturday) etc., cada dia da semana é regido por um ou mais orixás, conforme abaixo:

Segunda - Feira = Exu e Obaluaê.
Terça - Feira = Nanã, Oxumaré, Ogum.
Quarta - Feira = Xangô e Iansã.
Quinta - Feira = Oxóssi e Logun-Edé.
Sexta Feira = Oxalá.
Sábado = Iabás, Iemanjá, Oxum e Begês.
Domingo = Olorum e todos os Orixás.

Cada jogada se encerra com um quadro de chaves interpretativas, que dão margem a interessantes combinações. Não é raro acontecer "coincidências" incríveis.
Com o tempo e a prática você será capaz de intuir fatos que hoje seriam tidos como mágicos. É uma questão de pura dedicação. Inicialmente aproveite os quadros como se apresentam. Futuramente quem sabe você passe a utilizar seu próprio método.

 

Para facilitar o entendimento, adotaremos o jogo da Nação Ketô, com 16 Búzios 

A quantidade de búzios abertos e fechados que caem na peneira, indica qual orixá está respondendo a pergunta do consulente e qual a sua mensagem.

Somente isto seria suficiente para qualquer tipo de interpretação, bastando para tanto saber as características de cada orixá (os nomes podem diferir entre as diversas nações de origem embora os atributos sejam os mesmos ).
Vejamos as caídas e as principais características arquetípicas dos orixás : 

Os números à esquerda do "X", representam a quantidade de "búzios abertos" e à direita a quantidade de "búzios fechados".

00 X 16 = Caída neutra, deve ser repetida a jogada .
01 X 15 = EXÚ = Mensageiro neutro
02 X 13 = OGUM = Objetivo, prático e egoísta
03 X 14 = OBALUAE = Curioso, estudioso e preciso
04 X 12 = IEMANJÁ = Maternal, gentil e complacente
05 X 11 = OXUM = Bondoso, sensível e comunicativo
06 X 10 = EWÁ = Personalidade volúvel, confiante e temperamental
07 X 09 = OSSAIM = Cordial, diplomata e orgulhoso
08 X 08 = OXALÁ = Inteligente, sério, correto e lógico
09 X 07 = LOGUM = Sofisticado, culto e egocêntrico
10 X 06 = XANGÔ = Reservado, hábil e líder natural
11 X 05 = OXÓSSI = Jovial, romântico e imaturo
12 X 04 = IANSÃ = Extrovertido, franco e exótico
13 X 03 = NANÃ = Discreto, místico e cauteloso
14 X 02 = IBEJI = Infantil, volúvel, instável
15 X 01 = OBÁ = Ingênuo, honesto e tolerante
16 X 00 = OXUMARÉ = Enigmático, inteligente e astucioso

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Os 7 sentidos

Os 7 Sentidos

Os seres humanos possuem sete sentidos, sendo cinco destinados à orientação no mundo físico e dois de natureza espiritual. Para além dos cinco sentidos classicamente conhecidos temos a Intuição, o sexto sentido e a Clarividência, que é o mais elevado, o sétimo sentido.

Quando a Intuição se desenvolver, com o aperfeiçoamento físico e espiritual, teremos a certeza no conhecimento e o poder de orientação na vida.
Tanto a Intuição como aClarividência nada têm a ver com a mediunidade, pois esta não é uma faculdade, mas uma condição, enquanto que aquelas são faculdades superiores, só possíveis a indivíduos muito avançados na escala evolutiva.
Não se confunda pois, aClarividência, que é uma faculdade, portanto positiva e voluntária, com a simples vidência, resultante de uma condição, involuntária

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Ciganos, os senhores da magia

As entidades ciganas

São entidades que há muito tempo trabalham na Umbanda, mas normalmente se manifestam sob domínio de outras linhas como a linha da esquerda, a linha do oriente, entre outras. Isso é possível pelo fato da energia de trabalho ser a mesma, o que muda é a forma de manipular os fluídos, uma vez que os ciganos usam uma relação material, energética, elementar e natural, assim como o povo da esquerda, enquanto que o povo do Oriente manipula essas elementos através de seu magnetismo espiritual.

Sempre se faz necessário deixar claro que uma coisa é ‘Magia do Povo Cigano’, ou ‘Magia Cigana’, e outra coisa bem diferente são as Entidades de Umbanda que se manifestam nesta linha de trabalho. Existe uma pequena semelhança somente no poder da Magia, mas suas atuações são bem diferentes pois as Entidades de Umbanda trabalham sob domínio da Lei e dos Orixás, conhecem Magia como ninguém e, principalmente, não vendem soluções ou adivinhações.

Entre as legiões de Ciganos os nomes mais conhecidos são: Cigano Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros. Da mesma forma temos as ciganas, como: Esmeralda, Carmem, Salomé, Carmencita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também.

Os espíritos que se manifestam como Ciganos na Umbanda não trabalham a serviço do mal ou para resolver nossos problemas a qualquer custo, mas é importante saber que eles dominam a MAGIA e preservam a LIBERDADE e ,tanto quanto em  qualquer outra linha de trabalho da Umbanda, teremos aqueles espíritos que não agem dentro do contexto da Lei, os chamados ‘quiumbas’, que se encontram espalhados pela escuridão e a serviço das Trevas. Portanto, é imprescindível o bom nível espiritual do médium para trabalhar com essa linha para que não atraia esses tipos de espíritos pela Lei da Afinidade.

Os Ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada Cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação. Uma das cores, a de vinculação vibracional, raramente se torna conhecida mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc.

É muito comum os Ciganos usarem em seus trabalhos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes, baralho, espelho, dados, moedas, medalhas e até as próprias saias das ciganas, que são sempre muito coloridas, como grandes instrumentos magísticos de trabalho.

Os Ciganos são dotados de uma sabedoria esplendorosa, trabalham com lindos encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, escolhendo datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua.

Gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante música, dança, frutas, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, com jarras de vinho tinto com um pouco de mel e ainda podemos fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal ou mel. Não podemos esquecer: flores silvestres, muitas rosas, velas de todas as cores e, se possível, incenso de lótus.

Adoram fogueiras onde dançam e cantam a noite toda, aproveitando do poder das salamandras para consumir todo o negativismo e acender a chama interna de cada Ser.

Os Ciganos têm em Santa Sara Kali as orientações necessárias para o bom andamento das missões espirituais.

Salve o Povo Cigano!

Símbolos Ciganos

TAÇA – simboliza união e receptividade. Qualquer líquido cabe nela e adquire sua forma. Tanto que, no casamento cigano, os noivos tomam vinho em uma única taça, que representa valor e comunhão eterna.

CHAVE – simboliza as soluções. É usada para atrair boas soluções de problemas. O símbolo da chave, quando em trabalho, costuma atrair sucesso e riquezas.

ÂNCORA – simboliza segurança. É usado para trazer segurança e equilíbrio no plano físico, financeiro e para se livrar de perdas materiais.

FERRADURA – simboliza energia e sorte. É usado para atrair energia positiva e boa sorte. A ferradura representa o esforço e o trabalho. Os ciganos têm a ferradura como poderoso talismã, que atrai a boa sorte, a fortuna e afasta a má sorte.

LUA – simboliza a magia e os mistérios. A lua é usada geralmente pelas ciganas para atrair percepção, o poder feminino, a cura e o exorcismo, atentando-se sempre para as fases: nova, crescente, cheia e minguante. A lua cheia é o maior elo de ligação com o sagrado, sendo chamada de madrinha. As grandes festas sempre acontecem nas noites de lua cheia.

MOEDA – simboliza proteção e prosperidade. É usada contra energias negativas e para atrair dinheiro. A moeda é associada ao equilíbrio e à justiça e relacionada às riquezas materiais e espirituais, que são representadas pela cara e coroa. Para os ciganos, cara é o ouro físico, e coroa, o espiritual.

PUNHAL – simboliza a força, o poder, vitória e superação. É muito usado nos rituais de magia, tem o poder de transmutar energias. Os ciganos também usavam o punhal para abrir matas, sendo então, um dos grandes símbolos de superação e pioneirismo, além da roda. O punhal também é usado nas cerimônias ciganas de noivado e casamento, onde é feito um corte nos pulsos dos noivos e em seguida os pulsos são amarrados em um lenço vermelho, representando a união de duas vidas em uma só.

TREVO – simboliza a boa sorte. É o símbolo mais tradicional de boa sorte, traz felicidade e fortuna. É raro encontrar um trevo de quatro folhas na natureza, mas quando se encontra pode-se esperar sempre prosperidade.

RODA – simboliza o ciclo da vida. A Samsara representa o ir e vir, o circular, o passar por diversos estados, o ciclo da vida, morte e renascimento. É usada para atrair a grande consciência, a evolução, o equilíbrio, é o grande símbolo cigano e é representado pela roda dos vurdón que gira. Samsara (sânscrito) – Literalmente significa “viajando”, o ciclo de existências, uma sucessão de renascimentos que um ser segue através de vários modos de existências até que alcance a liberação. Vurdón (romanês ou romani – dialeto cigano) significa “carroção”.

CORUJA – simboliza “o ver totalmente”. É usado para ampliar a percepção com a sabedoria possibilitando ver a totalidade: o consciente e o inconsciente.

Oração a Santa Sara

Santa Sara, minha protetora, cubra-me com seu manto celestial. Afaste as negatividades que porventura estejam querendo me atingir. Senhora, protetora dos Ciganos, sempre que estivermos nas estradas do mundo proteja-nos e ilumine nossas caminhadas.

Santa Sara, pela força das águas, pela força da Mãe-Natureza, esteja sempre ao nosso lado com seus mistérios. Nós, filhos dos ventos, das estrelas, da lua cheia e do Pai, só pedimos a sua proteção contra os inimigos.

Ilumine nossas vidas com seu poder celestial, para que tenhamos um presente e um futuro tão brilhantes, como são os brilhos dos cristais. Ajude os necessitados, dê luz para os que vivem na escuridão, saúde para os que estão enfermos, arrependimento para os culpados e paz para os intranquilos.

Santa Sara, que o seu raio de paz, de saúde e de amor possa entrar em cada lar neste momento. Dê esperança de dias melhores para essa humanidade tão sofrida.  Santa Sara milagrosa, protetora do Povo Cigano, abençoe a todos nós, que somos filhos do mesmo Deus.

Muito Axé a todos!

Conga

CONGA

Mais importante que ensinar a fazer um altar é explicarmos o fundamento que possui o altar e como ele funciona. Materialmente, quando olhamos um altar, vemos uma única “mesa” reta, ou em degraus, com vários elementos como velas acesas, pedras, ervas, estatuas, ferramentas de trabalhos ritualísticos, religiosos e magísticos.
O objetivo de se ter um altar em casa, ou num templo religioso, é que ele se torna um ponto de força poderoso para o local, funcionando como um portal, irradiador de energias positivas e facilitando o contato com esferas espirituais e dimensões paralelas a nossa, o que já é fundamento.
Velas: podemos dizer que as velas dão vida ao altar, assim como nosso Criador nos deu uma centelha divina que carregamos em nosso ser imortal. A vela tem o objetivo de captar as irradiações positivas que chegam de forma vertical (do alto) e as coloca na horizontal, assim nos deixando de frente com o Criador e as divindades que nos assistem.
As velas colocadas (firmadas) com amor e fé estabelecem um elo de ligação maior e abrem o acesso à dimensão divina habitada por entidades, assim como a vela do “anjo de guarda” fortalece a influência benéfica que o mesmo exerce sobre nós.

Estátuas: ajudam a elevar as vibrações mentais, pois ao olhar para elas começamos a nos lembrar da doutrina salutar e os ensinamentos associados, aumentando a conexão da pessoa com tudo o que a estátua representa, principalmente qualidades divinas do Criador.

Pedras: são condensadoras de energia e possuem vibrações únicas, podendo trazer a força da natureza e dos sítios aos quais foram retiradas para dentro do ambiente e têm ligação com encantados da natureza que trabalham para a harmonização das vibrações do planeta. Diferentes pedras trazem energias diversas, por isso devemos estudá-las para conhecê-las.

Água: é o principio da vida e da geração é o melhor veiculo para o trato interno de nosso corpo. Podemos pedir às divindades que nos assistem para fluidificarem a água durante um ritual feito com fé e amor, onde ela passa a absorver essências etéricas que muito nos ajudarão em todos os sentidos.

Toalha: serve para manter a pureza onde tudo se encontra. No geral, se utilizam toalhas brancas, por ser esta cor irradiadora de todas as outras. Se vamos direcionar todo um trabalho para uma divindade especifica, podemos adotar a cor para a toalha do altar também.

Flores e as Ervas: trazem as essências balsâmicas e curadoras, que agem tornando o ambiente muito mais “leve” e benéfico e fazem a ligação com o “espirito coletivo” ao qual fazem parte. Se bem tratadas, aumentam nosso beneficio em sua convivência.

Os utensílios religiosos e magísticos, como colares de contas, espadas, cálices, podem ser consagradas e ter no altar um local seguro para sua purificação, a partir de onde recebem uma força e sentido único.

Para concluir, podemos dizer que encontramos na natureza os mais potentes altares, que são os pontos de força da natureza os mais potentes altares, que são os pontos de força da natureza, altares naturais, consagrados às energias e forças do Criador que se encontram ali em maior quantidade, revelando a presença das divindades afins. São eles:
* O mar – um altar à vida e a Geração;
* Os Rios e cachoeiras – um altar ao amor, renovação e prosperidade;
* Montanhas e pedreiras – altar à justiça de Deus;
* Lagos – altar à tranquilidade e paciência da Mãe Anciã;
* Matas – altar à cura, busca ao conhecimento;
E todos, inclusive os campos abertos, são altares à fé.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Defumaçao

A DEFUMAÇÃO

A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda.
É também uma das coisas que mais chamam a atenção de quem vai pela primeira vez assistir a um trabalho. 
Em geral a defumação na Umbanda é sempre acompanhada de pontos cantados específicos para defumação.

Histórico Sobre a Defumação:

Desde os tempos imemoriais, dos homens das cavernas, que a queima de ervas e resinas é atribuída à possibilidade da modificação ambiental, através da defumação. Na Umbanda, como em outras religiões, seitas e dogmas, também nos usamos desse instrumento ritualistico, que tem a função principal limpar e equilibrar o ambiente de trabalho de acordo com a necessidade.
Há 4.000 anos, existia uma rota de comércio onde se cruzavam as culturas mais antigas do Mediterrâneo e África. E foi bem no meio desta rota que nasceu a maior civilização desta época: “O Egito”
A antiga civilização do Egito era devotada em direcionar os sentidos ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. As fragrâncias dos óleos eram usadas como perfumes, na medicina e para uso estético, e ainda, para a construção nos rituais. Isto confirma que no Egito se utilizava o incenso desde os tempos antigos.
Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram em terras distantes, incenso, sândalo, mirra e canela. Os faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de madeiras aromáticas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses materiais preciosos.
Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes com óleos aromáticos.
Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o kyphi, que se queimava durante as cerimônias religiosas para dormir, aliviar a ansiedade e iluminar os sonhos.
Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma nos altares de Ishtar.
Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, eram usadas outras plantas também, madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo entre outras que eram oferecidas às divindades.

O Que é a Defumação?

Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou anos absorvido do solo da Terra, da energia dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo, projeta-se uma força capaz de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, inveja, orgulho, mágoa, etc.
Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queimá-las, produzem reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível. Há vegetais cujas auras são agressivas, repulsivas, picantes ou corrosivas, que põem em fuga alguns desencarnados de vibração inferior. Os antigos Magos, graças ao seu conhecimento e experiência incomuns, sabiam combinar certas ervas de emanações tão poderosas, que traçavam barreiras intransponíveis aos espíritos intrusos ou que tencionavam turbar-lhes o trabalho de magia.
Apesar das ervas servirem de barreiras fluídico-magnéticas pra os espíritos inferiores, seu poder é temporário, pois os irmãos do plano astral de baixa vibração são atraídos novamente por nossos pensamentos e atos turvos, que nos deixam na mesma faixa vibratória inferior (Lei de Afinidades).
Portanto, vigilância quanto ao nível dos pensamentos e atos.

Existem dois tipos de defumação;
a defumação de descarrego e defumação lustral.

Defumação de descarrego

Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores, invejas, preocupações, etc. Tudo isso produz (ou atrai) certas formas-pensamento que se aderem à nossa aura e ao nosso corpo astral, bloqueando sutis comunicações e transmissões energéticas entre os ditos corpos.
Além disso, os lares e os locais de trabalho podem ser alvos de espíritos atrasados, que penetram nesses ambientes e espalham fluídos negativos.
Para afastar definitivamente estas entidades do nosso convívio, teremos primeiro que mudar em atos, gestos e pensamento, afastando de nossas mentes aquela corrente que nos liga a estes seres.
A defumação serve para afastar seres do baixo astral, e dissipar larvas astrais que impregnam um ambiente, tornando-o pesado e de difícil convivência para as pessoas que nele habitam. 
Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos que a compõe, pois interpenetra os campos astral, mental e a aura, tornando-os novamente "libertos" de tal peso para produzirem seu funcionamento normal.
E por esse motivo, Deus entregou a Ossãe as ervas que, seriam usadas para destruir tais fluídos e afastar estes espíritos. 
Comece varrendo o lar ou o local de trabalho, e acendendo uma vela para o seu anjo de guarda. Depois, levando em uma das mãos um copo com água, comece a defumar o local da porta dos fundos para a porta da rua.

Defumação Lustral

Além de afastar alguns resquícios que por ventura tenham ficado depois da defumação de descarrego, ela atrai para estes ambientes, correntes positivas dos Orixás, Caboclos, e Pretos Velhos, que se encarregarão de abrir seus caminhos.
Acenda uma vela para o seu anjo de guarda. Levando um copo com água, comece a defumar sua casa ou o seu local de trabalho, da porta da rua para dentro. 
Não esqueça que a defumação lustral deverá ser feita depois do descarrego. 

Ervas e Funções:
Abacate Amor purificação, saúde, felicidade.
Abre Caminho Abre os caminhos, atraindo bons fluidos dando força e liderança.
Acácia Proteção, contra pesadelos e proteção do sono.
Açafrão Purificação, saúde, felicidade.
Agrimônia Dissolução de influências negativas e proteção
Alecrim Defesa dos males, tira inveja e olho gordo, protege de magias. Afasta maus espíritos e ladrões. Felicidade, cura, proteção, purificação e justiça. Ajuda na recuperação e no tratamento de doenças. Atrai a falange dos Caboclos. Proteção na área profissional. Estimulante para concentração, adivinhação, memória e estudos. 
Alfafa Prosperidade, dinheiro, felicidade.
Alfazema Limpa o ambiente e atrai prosperidade e bons negócios, bem como pessoas amigas. Acalma, purifica e traz o entendimento, equilíbrio e harmonia. Amor, sorte e proteção espiritual em todos os aspectos. Favorece a clarividência
Almíscar Afrodisíaco, amor.
Amêndoas Dinheiro, prosperidade, sabedoria.
Amora Saúde, dinheiro, proteção.
Angélica Proteção, purificação, saúde, clarividência.
Anis Estrelado Propicia boas amizades, bons caminhos, paz e triunfo. Adivinhação, purificação, sorte, amor. Atua tanto no nível material quanto no emocional, produzindo estímulo de natureza positiva. Renova as energias e atrai proteção espiritual contra qualquer mal.
Arnica Clarividência
Arroz Fertilidade.
Arruda Defende dos males, remove o efeito de feitiços, corta correntes negativas. Intensifica a força de vontade auxiliando a pessoa que a usa a realizar seus desejos. Proteção.
Assa-Fétida Exorcismo, proteção.
Babosa Proteção, sorte e amor.
Barbatimão Espiritualidade, purificação.
Bardana Saúde, proteção.
Baunilha Amor, sedução.
Beladona Limpeza de ambientes.
Benjoim Elimina bloqueios espirituais Atrai energias positivas e combate energias negativas. Purifica o ambiente. Harmoniza nosso raciocínio e diminui a nossa agressividade. Destrói as larvas astrais. Elimina bloqueios espirituais. Para pedidos de ajuda a deus.

Calêndula Proteção, solução de problemas, 
Camélia Prosperidade, riqueza.
Camomila Dinheiro, amor, purificação.
Canela Atrai prosperidade. Favorece os negócios, bens materiais, amor, sucesso.
Cânfora Desenvolvimento psíquico, clarividência, saúde.
Cardamomo Sedução, amor
Cardo Santo Cura, defesa, quebra olho gordo.
Carvalho Fertilidade
Cascara Sagrada Problemas com a justiça. Dinheiro e proteção.
Cavalinha Fertilidade.
Cebola Proteção, saúde, dinheiro.
Cipó Caboclo Elimina todas as larvas astrais do ambiente.
Cipreste Longevidade, saúde.
Colônia Atrai fluidos benéficos.
Cravo da Índia Protege de pessoas mal intencionadas, pensamentos negativos subconscientes. É uma das mais poderosas defumações protetoras. Chama dinheiro e dá força á defumação.
Dama da Noite É o incenso do amor. Ajuda a encontrar pessoas com a mesma afinidade. 
Erva Cidreira Sucesso, amor.
Erva Doce Proteção.
Esterco de Vaca Para espantar Eguns.
Eucalipto Limpeza, energização, cura, saúde, proteção. Atrai a corrente de Oxossi.
Figueira Clarividência, fertilidade
Flor de Laranjeira Afasta o pânico. Aumenta a segurança e autoconfiança em assuntos emocionais e financeiros.
Flor de Maçã Calmante.
Flor de Pitanga Atua poderosamente na área financeira. Direciona aquisições materiais e negociações com êxito.
Folha de Bambu Afasta espíritos vampiros.
Freixo Adivinhação, cura, proteção, prosperidade.
Gengibre Dinheiro e sucesso.
Gerânio Força e vitalidade, calmante e harmonizante. Alivia tensão nervosa.
Ginseng Amor, realização de desejos, beleza, saúde, proteção e poder.
Girassol Fertilidade.
Guiné Atua como um poderoso escudo mágico contra malefícios.
Hortelã Bom para problemas de saúde e equilíbrio emocional. Estimula apetite.
Incenso Limpeza em geral, destrói as larvas astrais. Aliado a outros elementos potencializa os efeitos dos mesmos.
Jasmim Acalma e ajuda a evitar brigas e desentendimentos, aclara as idéias. Melhora humor, amor, cura.

Ebó ( especifico do camdomble)


Qual o significado de um ebóDando seguimento em meu trabalho e . ensinar o pouco que sei dentro do culto religioso ao Orixá (candomblé ou Umbanda), trago hoje de uma forma bem explicativa e cultural o siginificado de um Ebó, já que boa parte dos espiritas acham que ébo é a simples ação (macumba) de se retirar algum negativo (mal) de uma pessoa. O termo ebó  tem pelo menos 2 significados práticos. O primeiro quando é usado para denominar um processo de limpeza, chamado também de sacudimento por muitos. O segundo quando é usado genericamente para o ato de fazer uma oferenda e as vezes para a oferenda em si, não importando se esta oferenda é uma comida ou sangue.

A palavra ebó – significa sacrifício e devemos entender isso de uma forma ampla e não somente o que requer sangue.O ebó uma oferenda a ser feita para os ancestrais ou orixá (òrìṣà) em agradecimento por benção recebidas ou na intenção de resolver problemas ou obstáculos, abrir portas e oportunidades. Os itens normalmente se compõe de itens comestíveis como frutas frescas, água, bebidas destiladas, mel e azeite. Além disso o ebó (ẹbọ) pode conter outros itens como dinheiro, roupas, búzios e ervas.

Alguns tipos de ebó são colocados dentro de casa e outros devem ser colocados no tempo. Ebó , é assim uma oferta ritual, um forte elemento e o motivo final do processo de consulta ao oráculo. Ele tem uma função central no processo de consulta. O ritual de oferta consiste de uma liturgia elaborada com objetivo de apresentar uma comida e bebida através dos quais o homem manipulará e usará para intermediar com as divindades em seu próprio benefício. O relacionamento entre os seres humanos e as divindades é expressado e obtido através da execução de rituais e liturgias, e isso ocorre em qualquer religião sendo essa, a ritualização, a base da necessidade e existência das religiões uma vez que a sua razão é a ligação entre o homem e o divino. A colocação ou citação do oráculo como parte do processo de um ebó é intencional, em se tratando de Candombléou de Ifá, não existe sentido em se estabelecer a necessidade de se fazer um ebó  sem que o oráculo esteja envolvido. Estamos tratando de uma processo de transmissão, equilíbrio e reposição de axé  através de orixá e com a interferência de um “operador” qualificado o sacerdote, dessa forma a necessidade disso, a composição, local, etc. tem que ter sido definido através do oráculo, é assim que as coisas funcionam,  Os rituais e litugias conectam o mundo físico ao mundo espiritual de forma a trazer harmonia e equilíbrio para o nosso dia a dia.

A realização das liturgia e rituais através do ebó re-ordena e corrige o relacionamento entre a divindade e o homem trazendo o equilíbrio que se deseja. Segundo Abímbọ́lá, todo conflito no cosmo Yorùbá pode ser eventualmente resolvido através do uso do ebó. O sacrifício é a rama que traz a solução e tranquilidade ao universo e que ordena os problemas do dia a dia.

Quatro coisas são importantes para a eficácia de um ebó .

- A primeira é o correto uso de cada elemento ritual que é especificado para o odù que foi revelado na consulta ao oráculo.

- Segundo isto tem que ter objetivo e propósitos reais e sinceros.

- Terceiro, tem que ser espiritualmente tratado por sacerdotes.

- Quarto, existe a necessidade de existir uma integração entre o sacerdote, o consulente e as forças espirituais que serão movimentadas para se obter o resultado desejado. Mais ainda, quando este relacionamento é próximo, as ervas, se forem necessárias, irão curar de fato.

Algumas vezes o ebó  não virá na forma de uma oferenda física, mas sim através de regras de comportamento e proibições. Por exemplo, não frequentando alguns lugares, não consumindo determinado tipo de alimento, não fazendo determinado tipo de tarefa ou comportamento, adotando uma rotina de rezas, etc.. Uma parte muito importante de um ebó (ẹbọ) é se determinar a quantidade de tempo que ele vai ficar exposto e o local onde será colocado depois. Alguns Odú podem permitir colocar seu ebó (ẹbọ) em uma lixeira, mas normalmente algum lugar da natureza poderá ser a melhor escolha. Esta definição é parte do processo do oráculo. Mas em relação a seu significado o mais importante é entender que o ebó é mais do que um conjunto de itens físicos. Ele é parte de um sistema de forças e energia que é movimentado no momento em que se inicia a consulta ao oráculo, quando olódùmarè se utilizará de Orunmilá e de seus ministros, os orixá  e ancestrais, para poder mudar ou corrigir uma determinada situação, e neste processo, exu é o elemento transportador de energia, ou axé. Assim todo o conjunto espiritual que compõe os fundamentos da religião se movimentam através de uma simples consulta a Ifá, ou seja, um jogo de búzios. Não podemos entender o significado de um ebó (ẹbọ) se não compreendermos este sistema metafísico que está envolvido e suas diversas engrenagens.

Ebó de Araiê, trabalho que é feito para despachar negatividades da parte de Egun e de Exú. 
A antinga apelidada como (limpeza de corpo) feito para desobistruir todos os caminhos da vida tanto financeiro, profissional ou amoroso. 
Cada terreiro ou Ilê faz de maneira diferente dependendo da naçao.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

O segredo nas folhas


ERVAS NA UMBANDA

Por quê estudar ervas na Umbanda?

Porque as ervas estão presentes em todas as religiões, dentro de todos os rituais religiosos, desde sempre. E a Umbanda é a religião da natureza. Da natureza elemental e da natureza humana.

As ervas são organismos vivos. Há uma vida espiritual contida em cada erva. Isso é chamado de *Imanescência Divina, o espírito vivo de Deus que anima tudo. Dos elementos da natureza o mais parecido com o da natureza humana é o vegetal, pois ele nasce, cresce, se reproduz e morre. Esse espírito vivo possui características energéticas definidas pela vibração passada aos organismos à sua volta. Essa vibração magnética é polarizada, ou seja, pode ser positiva ou negativa. Então, uma erva é atribuída a um orixá por analogia vibratória. Energia que está presente na vibração do orixá com a energia que está presente na vibração da erva.

Para o uso correto de uma erva é necessário saber: o nome da erva e o verbo atuante. **Verbo é o poder realizador divino, é o poder de transformação, consequentemente é magia. O que movimenta ou ativa o poder realizador é o propósito, a intenção.

Uma mesma erva pode proporcionar mais de um poder realizador. Como exemplo a hortelã que é antigripal, vermífugo, estimulante, refrescante, etc.

Uma mesma erva pode ser atribuída a varios orixás. Não pela sua cor, seu formato ou seu visual, e sim pela vibração. Afinal, os orixás estão ligados entre si.

Pode-se usar ervas frescas ou ervas secas. A erva fresca carrega em si a imanescência divina, o fator vegetal e o fator aquático. A erva seca carrega todos os fatores anteriores e mais ainda o fator concentrador, pois sofre o processo de desidratação. Qual é a melhor?

A melhor é aquela indicada pelo seu guia ou protetor de acordo com a necessidade. Ou ainda, nos dias corridos de hoje, a que está mais fácil de se obter. Também sempre lembrar que a lua influencia na quantidade de água na planta. Em luas cheias e crescente haverá mais água nas folhas, e em luas nova e minguante, nas raizes.

As ervas são classificadas como Quentes ou Agressivas, Mornas ou Equilibradoras e Frias ou Específicas. Isso não é uma classificação de acordo com a temperatura da erva, e sim de acordo com seus fatores.

As ervas quentes ou agressivas carregam o poder de agredir estruturas energéticas negativas. Dissolvem larvas astrais, miasmas e cascões energéticos. São muito usadas pelos exus, pelo campo de ação deles, pois atuam na natureza humana, nas linhas de choque (demandas, magias negativas, projeções mentais, etc.). Seus verbos mais utilizados são: limpar, consumir, purificar, dissolver, descarregar. Exemplos mais comuns de ervas quentes: cacto, urtiga, arruda, guiné, comigo-ninguém-pode.

As ervas mornas ou equilibradores carregam o poder de equilibrar, tornar magneticamente receptivo, adequar o padrão energético para não atrair o semelhante. Reconstitui a aura que pode ter sido “esburacada” por cargas negativas. Seus verbos mais utilizados são: equilibrar, manter, adequar, fluir, restaurar, energizar. Exemplos mais comuns das ervas mornas são: hortelã, alevante, sálvia, alfazema, alecrim.

As ervas frias ou específicas tem o seu poder de atuação depois de limpar e de equilibrar. São usadas para mediunidade, para atrair bons fluidos, para prosperidade, para fitoterapia, etc. Exemplos mais comuns de ervas frias são: rosa, anis, jasmim, malva, café, louro, melissa, manjericão.

Observar que uma erva pode ser ao mesmo tempo quente, morna e fria, pois carrega mais de um fator realizador. Os padrões energéticos se complementam, nunca se anulam. Então, por exemplo, pode-se associar o uso de todas elas na preparação de um banho. Neste caso volto a frisar a palavra mágica “intenção”. Sempre colocar intenção no uso de uma erva. E esperar o merecimento...

Quando é falado em erva subentende-se toda a planta: raiz, caule, folhas, frutos e sementes. Existem também as resinas, que são a seiva vegetal endurecida extraídas da casca das árvores, muito usadas em defumações.

Sabendo de tudo isso, estaremos mais qualificados para preparar nossos banhos, para entender o uso de uma defumação, entender o uso das ervas em um amaci, e o uso do fumo pelas entidades na Umbanda.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Defesa contra Magia Negra

Invocação de Salomão

Esta oração deve ser recitada voltado para Leste.

Oração

Poderes do reino, fiquem sob meu pé esquerdo e em minha mão direita. Que a glória e a eternidade toquem meus dois ombros e me conduzam pelos caminhos da vitória, misericórdia e justiça. Que sejam a harmonia, equilíbrio e o esplendor deminha vida, minha inteligência e sabedoria. Dai-me a coroa, espíritos de Malkut, conduzam-me entre as duas colunas sobre as quais se apóiam todo o edifício do templo. Anjos de Netsah e de Hod, sustente-me sobre a pedra cúbica de Yesod. Ó Gedulael! Ó Geburael! Ó Thiferet! Binael, intensifique em mim teu amor, Ruach Hochmael, sejas minha Luz, sejas o que tu és e o que serás, ó Ketheriel! Ischim, auxilia-me em nome de Shaday, Querubim, ceda-me tua força em nome de Adonay. Beni-Heloin, venham como irmãos, em nome do Filho e pelas virtudes de Zebaoth! Elohyn, combata a por mim em nome de Tetragrammaton! Malachim, proteja-me em nome de IEVE. Seraphim, torne puro meus sentimentos em nome de Eloah. Hasmalin, ilumina-me com o brilho dos Elohyns e de Schechinah. Aralim, obrai! Ophanin, gire e resplandeça! Hajot ha Kadosh, grite, fale, ruja, muja! Kadosh, Kadosh, Kadosh, Shaday, Adonay, Jeováh, Ehyeh asher Ehyeh. Aleluia, Aleluia, Aleluia. Amém, Amém, Amém.

Nota

Coloca-se de joelhos para invocar os anjos dos sete planetas, fazer antes um Pai-nosso e logo invocar:

Invocação

Miguel, Haniel, Raphael, Gabriel, Cassiel, Camael, Samael. Ó grandiosos anjos, venham ao meu socorro. Reforcem meus desejos e atendei-os (faça o pedido).

Nota

Levante-se e ponha-se de pé e faça a seguinte oração:

Oração

Ó Poderosos auxiliares a quem invoco. Pelos tronos de Adonay, Ágios, Theos, Ischiyros, Athanatos, Paracletos, Alpha e Ômega, e por Haec e seus três nomes secretos, Agla, On, Tetragrammaton, que hoje possam dispensar suas atenções a mim, em nome de Cristo, atendendo a minha vontade!

Porque usamos o Branco na Umbanda


Dentre os princípios da Umbanda, um dos elementos de grande significância e fundamento, é o uso da vestimenta branca.Em 16 de novembro de 1908, data da anunciação da Umbanda no plano físico e também ocasião em que foi fundado o primeiro templo de Umbanda, a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade anunciadora da nova religião, ao fixar as bases e diretrizes do segmento religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os sacerdotes (médiuns) utilizariam roupas brancas.

Mas, por quê?

Teria sido uma orientação aleatória, ou o reflexo de um profundo conhecimento mítico, místico, científico e religioso da cor branca?

No decorrer de toda a história da Humanidade, a cor branca aparece como um dos maiores símbolos de unidade e fraternidade já utilizados. Nas antigas ordens religiosas do continente asiático, encontramos a citada cor como representação de elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade superior.As ordens iniciáticas utilizavam insígnias de cor branca; os brâmanes tinham como símbolo o “branco”, que se exteriorizava em seus vestuário e estandartes.

Os antigos druidas tinham na cor branca um de seus principais elos do material para o espiritual, do tangível para o intangível. Os Magos Brancos da antiga Índia eram assim chamados porque utilizavam a magia para fins positivos, e também porque suas vestes sacerdotais eram constituídas de túnicas e capuzes brancos.

O próprio Cristo, Jesus, ao tempo de sua missão terrena, utilizava túnicas de tecido branco nas peregrinações e pregações que fazia.

Nas guerras, quando os adversários, oprimidos pelo cansaço e perdas humanas, se despojavam de comportamentos irracionais e manifestavam sincera intenção de encerrarem a contenda, o que faziam? Desfraldavam bandeiras brancas!

O que falar então do vestuário dos profissionais das diversas áreas de saúde. Médicos, enfermeiros, dentistas etc., todos se utilizando de roupas brancas para suas atividades.Por quê? Porque a roupa branca transmite a sensação de assepsia, calma, paz espiritual, serenidade e outros valores de elevada estirpe.

Se não bastasse tudo o que foi dito até agora, vamos encontrar a razão científica do uso da cor branca na Umbanda através das pesquisas de Isaac Newton, através do que hoje conhecemos  como “ Disco de Newton”.
Este grande cientista do século XVII provou que a cor branca contém dentro de si todas as demais cores existentes.

Portanto, a cor branca tem sua razão de ser na Umbanda, pois temos que lembrar que a religião que abraçamos é capitaneada por Orixás, sendo que Oxalá, que tem a cor branca como representação, supervisiona os Orixás restantes. Assim como a cor branca contém dentro de si todas as demais cores, a Irradiação de Oxalá contém dentro de sua estrutura cósmico-astral todas as demais irradiações (Oxossi, Ogum, Xangô, etc.).

A implantação desta cor em nossa religião, não foi fruto de opção aleatória, mas sim pautada em seguro e inequívoco conhecimento de quem teve a missão de anunciar a Umbanda.

Salve o Caboclo das Sete Encruzilhadas!

Guias ``colares`` sagrado

Magia da guia

Uma vez perguntei ao  Mae Ofa e a Pai claudio o que poderia ser tirado do ritual da Umbanda. Responderam: "vou dizer o que não se pode tirar: as guias, os elementos, os mantras e a quimbanda". Na verdade, pela resposta, sobrou muito pouco. Mas voltemos às guias. A guia é o elemento de ligação entre o médium e o espírito. Imanta-se um campo de força nela centralizado, criando uma eficiente proteção contra eventuais energias negativas. Sempre carrego uma guia de miçanga pequena com a cor de meu Orixá.

Tempos atrás no encerramento de um trabalho de praia, uma médium não estava bem. O trabalho tinha começado às 20:00 horas. Eram quase 5:00 horas da madrugada. A última coisa que queria era perder tempo para o encerramento. Quis ser rápido. Não hesitei. Agarrei as mãos da médium e puxei aquela energia ruim. Em mim, saberia o que fazer. Deu certo, mas, além da indesejável vibração, atrasei catando na areia as contas da minha guia rompida no instante da passagem energética. Descobri ser ela um pára raios, ou melhor, um pára energias. A guia deve ser feita de acordo com a vontade do espírito. Guia não é colar e, muito menos, enfeite. Existem vários tipos de guia. A guia do Orixá cósmico é feita com pedras da cor cultuada pelo dirigente do terreiro. São pedras de cristal e suas miçangas podem ser distribuídas com bom gosto. Mas jamais exageradas ou grande.

Deve ser usada pendurada no pescoço e nunca atravessada no ombro. Guia de caboclo é feita com sementes de capiá, também conhecida como Lágrimas de Nossa Senhora, outras sementes como coronha (olho-de-boi), dentes, pedaços de ossos, bambus, conchas e outros elementos marítimos e até penas coloridas, tudo de acordo com a solicitação da entidade e conforme a sua origem.

Os pretos velhos são mais simplórios em suas guias. Gostam de muita simplicidade e preferem a guia inteira de sementes de capiá e poucos elementos.
uma vez um amigo fez uma guia para o Preto velho de angola, meu padrinho. Caprichou. Fez toda cheia de elementos compatíveis com a sua força. Capiá intermediado com dentes, olho-de-cabra e outras coisas mais. Entregou-lhe orgulhoso. Ele agradeceu muito. Só que na primeira consulta deu de presente ao consulente. Fez outra. Arrebentou. Fez outra mais suave, com menos elementos. Arrebentou. Fez outra mais suave ainda. Arrebentou. Fez outra só de sementes de capiá. Até hoje ele usa. Onde errou? Subestimou sua humildade. O Pai Tobias disse-me querer em sua guia um guizo de cobra. Fiz-lhe a guia, como queria, mas sem o tal guizo. Entreguei-lhe. Ficou alegre e eu também. Afinal não tinha reclamado a falta do elemento. Fez a mesma coisa que o Pai Joaquim. Deu de presente. Fiz outra, claro, com o guizo. Não presenteou mais. Guia não é nossa. Pertence à entidade, para nossa proteção.

Magia Das Pedras

MAGIA DIVINA DAS 7 PEDRAS SAGRADAS

As pedras são elementos mágicos por excelência. Porém, sem conhecer seus fundamentos, de nada adiantará manipulá-las. Será pura perda de tempo e nada mais. Mas, um médium-magista que conheça o poder oculto do seu guia-chefe, exu, ou mesmo reino elemental regido pelo seu regente natural (Orixá ancestral), este sim poderá manipular as suas “pedras mágicas” afins e facilitar em muitos casos a ação de descarga ou mesmo cortar os efeitos (energias) de magias negativas.

A Umbanda já tem uma codificação que achamos ótima no item “pedras dos Orixás”. Mas ainda não é a codificação por excelência, pois um mesmo Orixá é o “senhor natural” de várias pedras. Portanto, não se limitem unicamente à codificação “astrológica” que já existe. Procurem nas “pedras afins” recursos mais amplos para a realização de trabalhos magísticos, ou de funda­mentação mágica de suas tendas onde praticam o mistério dos Orixás: a evolução.

Sim, porque a evolução só acontece com a espiritualização, e a Umbanda a acelera e conduz o médium até seu regente ancestral, que passa a atuar com mais intensidade na vida de seu filho natural ou filho de Fé.

O mistério das pedras é comum a todas as religiões e, quando se fala em pedra fundamental, está se referindo à pedra que sustentará uma obra, pois ela tem poderes mágicos. Quando um templo é projetado, o sacerdote lança sua pedra fundamental, à qual con­sagra com orações, invocações e men­ta­lização da divindade que será cul­tuada dentro dele depois de estar cons­truído. Toda religião tem seus rituais próprios e ocultos das massas curiosas. Muitas não admitem, mas que tem, isso tem.

Em religião, tudo é semelhante, ainda que não seja igual. Assim sendo, desde o passado, os pais no Santo, quando consagram um espaço material aberto ou fechado à manifestação dos Orixás, afixam nele um assentamento mágico fundamental coletivo, ou de todos os Orixás. Mas também assenta a sua pedra fundamental que tem cor­respondência com seu Orixá Regente, aquele que é quem o sustentará no decorrer de sua vida de sacerdote. Até seu Exu Guardião tem de ter sua pedra mágica fundamental em seu assenta­mento, para que possa resistir às in­vestidas energéticas do baixo astral.

A consagração das pedras mágicas fundamentais pertence ao próprio médium, sempre orientado pelo seu mestre pessoal (mentor) e por seu pai no Santo. Por isso não entraremos em detalhes dos assentamentos indivi­duais, pois eles mudam de médium para médium. Quanto aos assentamentos coletivos, a respeito destes comenta­remos como podem ser feitos, já que a maioria dos umbandistas desconhece como fazê-los, para que servem e como ativá-los ou desativá-los.

Vamos a algumas definições:

ASSENTAMENTO

Afixação de elementos condensa­dores de energias que são magneti­zados e recolhidos a um local fechado que serve como um ponto de forças e pára-raios de energias.

FUNDAMENTOS

Origem, identidade, base, alicerce, motivo, razão, justificativa.

PEDRA FUNDAMENTAL

Pedra da divindade que rege a vida do templo e é a base de sustentação dos trabalhos magísticos realizados pelos médiuns.

ASSENTAMENTO DE UM ORIXÁ

Afixação, em um local pré-esco­lhido e consagrado ritualmente, da pe­dra fundamental e de outros objetos magísticos, energéticos e magnéticos que foram imantados pelo Orixá e pos­suem seu axé ou força vital.

Com essas definições já podemos continuar no nosso assunto, que são as pedras mágicas.

Cada Orixá possui a sua e a imanta com seu axé, tornando-a ativa e capaz de irradiar energias elementais ou de absorver e neutralizar irradiações oriundas do baixo astral direcionadas contra o templo sob a sua guarda, evitando que elas se espalhem pelo espaço consagrado aos trabalhos espirituais, onde poderiam atingir os médiuns e perturbar as sessões de passes e consultas.

É preciso saber qual é a pedra do Orixá e consagrá-la em um ponto de forças da natureza afim com ele. Cada Orixá possui sua pedra fundamental, no entanto, como são muitos os Orixás, então recorremos àquelas afins com os regentes das Sete Linhas de Umbanda Sagrada. As sete linhas são estas:

Orixás Pedras correspondentes

Oxalá.……………………..Cristal de quartzo

Oiá..……………………… Quartzo fume rutilado

Oxum..…………………… Ametista

Oxumaré..…………………Opala

Oxóssi..……………………Esmeralda

Obá..………………………Calcedônia

Xangô..…………………….Pedra do sol

Iansã.………………………Citrino

Ogum……………………….Granada

Egunitá.…………………….Topázio

Obaluaiê…………………… Turmalina negra

Nanã Buruquê.………….. Rubelita

Iemanjá……………………..Zircão

Omulú………………………..Ônix Preto